terça-feira, 16 de setembro de 2008

Fibromialgia: Convivendo com a dor

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Fibromialgia: Convivendo com a dor
Areolino Pena Matos

Ainda pouco conhecida pela população, classificada como doença reumática e descrita como entidade clínica isolada a pouco mais de trinta anos, a Fibromialgia acomete homens e principalmente as mulheres (90% dos casos) entre 30 e 50 anos e traz consigo uma mudança drástica na vida destes doentes.
A doença até o momento não tem cura, apresenta quadro com alterações físicas e psicológicas que em geral acompanham o indivíduo por muitos anos. O principal sintoma é a dor crônica e difusa em todo o corpo, associada à fadiga grave e distúrbios do sono. Some-se a estes as cefaléias, cólon irritável, manias, ansiedade e depressão, esta com sérias modificações no humor, no convívio social e na qualidade de vida do paciente.
O diagnóstico é puramente clínico, os exames de Raio X e de laboratório são normais, o que pode confundir profissionais não especializados. O exame inclui histórico do paciente e palpação de 18 pontos específicos no corpo, que auxiliam na detecção da inflamação crônica. Reumatologistas e especialistas em dor são médicos habituados na avaliação destes casos.
Apesar de não ter cura a moléstia pode e deve ser tratada, as modalidades que apresentam melhor resultados atualmente incluem exercícios aeróbios de baixo impacto que diminuem dor e melhoram o condicionamento (caminhada por exemplo). A fisioterapia, com alongamento, fortalecimento e relaxamento muscular, aumenta a resistência à fadiga e combatem a dor. Alguns medicamentos como antidepressivos e analgésicos também são utilizados.
Para evitar o excesso ou atividade incorreta é fundamental que exercícios sejam conduzidos por profissional habilitado e conhecedor da doença.
Areolino Pena Matos é mestre e professor do curso de Fisioterapia da Unicastelo campus São Paulo.

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