quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Musculação diminui o risco de diabetes em idoso, informa pesquisa

O que fazer depois dos 60 anos para preencher o tempo livre da aposentadoria? Musculação. Entre levar uma vida sedentária trancafiado dentro de casa ou freqüentar uma academia é melhor seguir a segunda opção. Pode parecer um passatempo voltado aos jovens, mas um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que o exercício físico com pesos reduz os riscos dos idosos desenvolverem a diabetes não hereditária.
A pesquisa orientada pela professora Mara Patrícia Traina Chacon Mikahil, da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp, submeteu dez homens acima de 60 anos - sedentários e saudáveis - ao treinamento com pesos durante 16 semanas.
O resultado foi comparado com um outro grupo formando por oito idosos. Foram avaliados os efeitos dos exercícios sobre a resistência à insulina (RI) - hormônio responsável pela redução da taxa de glicose no sangue -, composição corporal e força muscular.
O grupo que se exercitou apresentou o índice de Homeostasis Model Assesment (Homa), que mede o fator de RI, abaixo de 2,71. Em idosos, o número acima desse valor significa que possui potencial para desenvolver a diabetes mellitus tipo 2.
Os exercícios físicos não diminuem esse fator, mas o aumento da força muscular significa menor risco no desenvolvimento da doença. Principalmente, porque a gordura corporal relativa do corpo diminui.
Denise Reis Franco, endocrinologista e coordenadora de educação em diabetes da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ) explica que no idoso a doença é silenciosa. “Ele se sente cansado, desanimado e deprimido e acredita que isso não é nada”, conta.
“Quando vai realizar um exame de rotina ou apresenta alguma complicação como um infarto, acaba descobrindo a doença”, diz.
A maioria dos adultos desenvolve a doença por volta dos 40 anos. A partir dessa idade, é comum ela estar associada a outras doenças como hipertensão.
A diabete pode causar doenças cardiovasculares, insuficiência renal e até cegueira. “Depois dessa complicação da doença, só basta tratar”, diz Denise.
Fonte: COREN - SP

Nenhum comentário: